domingo, agosto 31, 2014
terça-feira, agosto 26, 2014
Margarida
Ai, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
— Tirava os brincos do prego,
Casava c’um homem cego
E ia morar para a Estrela.
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?
— (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
— Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
— Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.
(Guta Naki)
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
— Tirava os brincos do prego,
Casava c’um homem cego
E ia morar para a Estrela.
Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?
— (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.
E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
— Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.
Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
— Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.
(Guta Naki)
Etiquetas: Guta Naki
quarta-feira, agosto 20, 2014
segunda-feira, agosto 18, 2014
Eu Sei Que Não Sou Sincero
Ela é uma rapariga
Que nunca está feliz
Controla, descontrola
Gostava de ser actriz
Ele é um rapaz
E nunca se dá por vencido
A luta trabalha
Quer ser conhecido
Mas eu
Eu não sou assim
Prefiro não, não, não, não
Não saber o fim
Eu sei que eu não sou sincero
Eu sei que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
Eu sei que eu não sou sincero
E que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
E nas confusões
Que nos guiam o instinto
E pulso vital, puro reflexo
O nosso labirinto
E nas contrariedades
Suadas ausências do ser
Impulso fatal, leve sinal
Molto prazer
Mas eu
Eu não sou assim
Prefiro não, não, não, não
Não saber o fim
Eu sei que eu não sou sincero
Eu sei que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
Eu sei que eu não sou sincero
E que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
(Radar Kadafi)
Que nunca está feliz
Controla, descontrola
Gostava de ser actriz
Ele é um rapaz
E nunca se dá por vencido
A luta trabalha
Quer ser conhecido
Mas eu
Eu não sou assim
Prefiro não, não, não, não
Não saber o fim
Eu sei que eu não sou sincero
Eu sei que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
Eu sei que eu não sou sincero
E que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
E nas confusões
Que nos guiam o instinto
E pulso vital, puro reflexo
O nosso labirinto
E nas contrariedades
Suadas ausências do ser
Impulso fatal, leve sinal
Molto prazer
Mas eu
Eu não sou assim
Prefiro não, não, não, não
Não saber o fim
Eu sei que eu não sou sincero
Eu sei que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
Eu sei que eu não sou sincero
E que eu não posso tentar fingir
Que posso ser
(Radar Kadafi)
Etiquetas: Radar Kadafi