quinta-feira, fevereiro 10, 2011

O Homem do Saldanha

De sorriso na cara à noite
Na praça do Saldanha
À beira da estrada parado
Já ninguém o estranha
Toda a gente o conhece
Ele acena e agradece
E a cidade continua no seu rumo

De sorriso na cara à noite
Na praça do Saldanha
Apagando a solidão
Ao luar que o acompanha
É vê-lo chegar quando anoitece
Esperam os carros que atravesse
Com a mão no ar como quem diz
Olá, Lisboa

Seja bem-vindo, meu amigo, à nossa rua
Faz algum tempo que o não via por aqui
Nunca é demais, há sempre espaço
Venha de lá esse abraço
Folgo em vê-lo bem disposto
A dizer olá a quem passa
Com o prazer espelhado no rosto

Seja bem-vindo à nossa rua, meu amigo
Faz algum tempo não o via por aqui
Nunca é demais, há sempre espaço
Venha cá dar-me um abraço
Porque à noite Lisboa sorri

Não é adeus, é olá que diz
A quem por ali passa
De casaco castanho, o João
Dá um ar da sua graça
Torna a cidade mais risonha
Só é louco quem não sonha
Quem não percebe então não sabe
O que é ser só

Não é adeus, é olá que diz
A quem por ali passa
Com o olhar abraça Lisboa
Despede-se da praça
Já se faz tarde a sua hora
Apanha o táxi e vai-se embora
Chega por hoje, amanhã estará por cá

Seja bem-vindo, meu amigo, à nossa rua
Faz algum tempo não o via por aqui
Nunca é demais, há sempre espaço
Venha cá dar-me um abraço
Folgo em vê-lo bem disposto
A dizer olá a quem passa
Com o prazer espelhado no rosto

Seja bem-vindo à nossa rua, meu amigo
Faz algum tempo o não via por aqui
Nunca é demais, há sempre espaço
Venha de lá esse abraço
Porque à noite Lisboa sorri

(Marco Rodrigues com Carlos do Carmo)



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