Acho Inúteis as Palavras
Acho inúteis as palavras
Quando o silêncio é maior
Acho inúteis as palavras
Quando o silêncio é maior
Inúteis são os meus gestos
P'ra te falarem de amor
Inúteis são os meus gestos
P'ra te falarem de amor
Acho inúteis os sorrisos
Quando a noite nos procura
Inúteis são minhas penas
P'ra te falar de ternura
Acho inúteis nossas bocas
Quando voltar o pecado
Acho inúteis nossas bocas
Quando voltar o pecado
Inúteis são os meus olhos
P'ra te falar do passado
Inúteis são os meus olhos
P'ra te falar do passado
Acho inúteis nossos corpos
Quando o desejo é certeza
Acho inúteis nossos corpos
Quando o desejo é certeza
Inúteis são minhas mãos
Nessa hora de pureza
Inúteis são minhas mãos
Nessa hora de pureza
(Amália Rodrigues)
Etiquetas: Amália Rodrigues
2 Comments:
Lindíssimo poema, a acompanhar a voz inesquecível da senhora dona Amália...
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Podem vir as invenções, reinvenções e pseudo-revivalismos... nada igualará o sentimento que a voz desta senhora provoca.
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